domingo, 15 de setembro de 2013

Agrimensor ADOLPHO HECHT


O primeiro traçado de Araçatuba foi realizado pelo
Agrimensor ADOLPHO HECHT

O primeiro traçado do patrimônio de Araçatuba foi feito em 1.912 Segundo as declarações manuscritas de Antenor Vasconcelos Barros, foi feita a planta para esse traçado e a derrubada vegetal aconteceu sob a administração de Vicente Franco.
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Dois problemas surgiram em relação a esse primeiro traçado. O primeiro foi o descaso da pequeníssima população do lugar A maioria já morava em casas de madeira circundando a estação da NOB. O traçado tinha como centro a atual Praça Rui Barbosa; esse centro era chamado de Largo. Ao Sr. Paulo Bim foi recomendado que roçasse um alqueire e meio, incluindo o Largo. As quadras demarcadas foram retalhadas em datas, contudo, feito o trabalho exaustivo, nenhum morador se dispôs a construir suas casas ali no traçado. O segundo problema veio em função da própria construção do traçado. Para realizá-lo, Vicente Franco, Paulo Bim e outros tiveram que queimar as árvores e toda a vegetação; essa queimada não foi bem feita, tendo ficado focos de brasas. No mês de setembro de 1.912 irrompeu um incêndio que desfez esse primeiro traçado do patrimônio de Araçatuba.
Pouco mais de um ano após, em l 914, o prefeito de Penápolis, James Mellor, contratava os serviços do agrimensor Adolpho Hecht para retocar os rumos, isto é, remarcar e mandar refazer os traçados das ruas e datas, enfim, refazer a planta central da futura cidade.

Célio pinheiro/Odette costa

Manoel Francisco Pedroso

Em 1916 vem para Araçatuba o Sr. Manoel Francisco Pedroso e sua esposa dona Joaquina e seu filho Neco. Manoel era um construtor de excelente talento, sua esposa dona Joaquina foi a primeira parteira de Araçatuba.  Manoel francisco pedroso contribuiu bastante no desenvolvimento de nossa cidade, foi um dos fundadores da associação Comercial e Industrial de Araçatuba e também da Santa casa de Araçatuba em 1929.
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Manoel Francisco Pedroso


Em 1916 vem para Araçatuba o Sr. Manoel Francisco Pedroso e sua esposa dona Joaquina e seu filho Neco. Manoel era um construtor de excelente talento, sua esposa dona Joaquina foi a primeira parteira de Araçatuba. 
Manoel francisco pedroso contribuiu bastante no desenvolvimento de nossa cidade, foi um dos fundadores da associação Comercial e Industrial de Araçatuba e também da Santa casa de Araçatuba em 1929.
 

Purcina Elisa de Almeida

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Aureliano Valadão Furquim


Dr. Aureliano Valadão Furquim foi um prefeito dinâmico e empreendedor e gozava de grande prestígio junto ao governo do Estado. Asfaltou a Praça Rui Barbosa e diversas outras ruas. Abriu, entre outras, a estrada que liga Araçatuba a Pereira Barreto, beneficiando assim grandemente os bairros de Água Limpa, Jacutinga e Prata, nos quais também construiu escolas. São incontáveis as benfeitorias carreadas para Araçatuba pelo Dr. Valadão. Seu período de governo foi fertilíssimo em realizações e conquistas para esta terra, para cujo progresso nunca mediu esforços. Foi incansável no cumprimento de seu difícil mister de governar o município.
Alargou a avenida do cemitério para 16 metros, com arborização; a Avenida Municipal, com 1600 metros de comprimento, e quatro ruas em direção ao novo bairro que começava a surgir para os lados do Ginásio do Estado. Construiu "stand" para os exercícios do tiro de guerra, reparou e construiu passeios nas vias públicas, intensificou os serviços de água e esgoto, arborizou a cidade, regularizou os serviços de iluminação pública, construiu diversas praças públicas, retificou o cemitério e as ruas da Vila Nova até Aguapei. Fundou a biblioteca Rubens do Amaral. Homem culto e voltado para as coisas do espírito e da mente, suas grandes preocupações sempre foram a educação e a saúde. Pediu a conclusão do 2º. Grupo e a criação do 3º. que foi provisoriamente instalado na Praça São Joaquim, e mais tarde adaptado pela Prefeitura Municipal. Abertura e preparo nas pistas do campo de aviação; reforma das instalações do almoxarifado; instalação de tanque para aferição de hidrômetros; montagem de britador na pedreira da Prefeitura Municipal; construção do Posto de leishmaniose; reforma e pavimentação da Praça 19 de Fevereiro; pavimentação da Praça Rui Barbosa, foram outros tantos melhoramentos introduzidos pelo infatigável prefeito.



A Verdadeira História de Araçatuba

FABRICIANO JUNCAL - 1973



“COMO E PORQUE ASFALTAMOS ARAÇATUBA”.


Foi no dia 2 de Agosto de 1.938 que nos investimos na interventoria de Araçatuba, nomeado que fomos pelo então Interventor do Estado Dr. Ademar de Barros. Dando início à administração, o problema que nos chamou logo atenção, foi o calçamento da cidade. Era costume naquela época o emprego de paralelepípedo. Não havia em nenhuma cidade do interior outro calçamento. Mas em São Paulo as ruas estavam sendo asfaltadas. Entre o paralelepípedo e o asfalto nós optamos por este último. A Prefeitura tinha uma pedreira na margem do Baguaçu. Mandamos examinar a pedra e chegamos à conclusão de que era um material aproveitável. Nisto apareceu nesta cidade um revendedor de asfalto em pó, garantindo que se tratava de uma boa pavimentação, que estava sendo aplicado esse material em São Paulo com ótimos resultados.
Fomos à capital, da qual era Prefeito o Dr. Prestes Maia. Procuramos nos entender com S.Excia. sobre aquele material. E ele nos disse: não podemos garantir a durabilidade do serviço, mas nos parece bom. O Sr. pode verificar a aplicação desse asfalto na avenida Brigadeiro Luiz Antônio e terá a sua impressão. Imediatamente nos despedimos de S.Excia. e fomos conhecer "in loco" a aplicação daquele material. Chegando lá, no final daquela Avenida com a Paulista, vimos o serviço. A aparência era ótima e as informações obtidas eram favoráveis... Nós nos entusiasmamos com a pavimentação. Tomamos algumas outras informações sobre o preparo das ruas e regressamos. Aqui chegando, com os estudos do Dr. Luiz Curti que procurou colher também as informações, pusemos mãos à obra. Para extrairmos da pedreira o material necessário era preciso a montagem de um britador. E para a aquisição disso, onde estava o dinheiro? O orçamento da Prefeitura naquela época era bem reduzido. Receita: 1.500 contos. Tínhamos que manter os serviços internos da Prefeitura e uma turma de trabalhadores para a limpeza da cidade e para o encanamento de água e esgotos.
Serviço esse iniciado na administração do meu antecessor Sr. Joaquim Ferraz. Mas havíamos de dar um jeito. Informaram-nos que na E. de Ferro NOB havia um pequeno britador, se nós pedíssemos ao Major Marinho Lutz, então Diretor da Estrada, nós conseguiríamos. Não tínhamos outra alternativa. Fomos à presença do Major Marinho Lutz, espírito empreendedor e dinâmico, que nos recebeu amavelmente, e fizemos o pedido. S.Excia. nos atendeu imediatamente e se propôs a montar para a Prefeitura o britador e o encarregado foi o "Peroba", um funcionário da Estrada, conhecedor do serviço. Em poucos meses tivemos em funcionamento o nosso britador. Então, com o Dr. Curti demos inicio aos trabalhos do preparo dos leitos das ruas, todas em terra. Maquinário não havia e era preciso prepararmos a caixa para o serviço. Lembramos que a Prefeitura tinha naquela época umas 8 juntas de bois. Tomamos emprestado do nosso amigo, ex-chefe político de Araçatuba, Guilherme de Souza, um tombador (arado) que mandamos buscar em Valparaíso e começamos o nosso trabalho. Revolvemos as ruas da cidade.
Tombada, a terra era transportada pelos caminhões. Numa profundidade de 20 ou 30 centímetros a caixa ia sendo preparada para receber a pedra, de diversos tamanhos, em três camadas, na ordem seguinte: a 1ª. camada com pedra nº.4; a 2ª. com a nº.3; a 3ª.2 e finalmente nº.1. Isso era comprimido com saibro. Havia um compressor do DER, aqui, e com a autorização conseguida, era com esse locomovel que nos arranjamos. O chofer era o Geraldo, músico da Banda e do cabaré da cidade... O asfalto já havíamos comprado e os revendedores nos forneceram instruções... Após muito trabalho a volta da Praça Ruy Barbosa foi preparado o macadame. Demos início ao asfaltamento do 1º. trecho, da Padaria Menezes ao Banco Comercial. Aquilo despertou a curiosidade da população da cidade e havia os pessimistas que não se conformavam com aquela pavimentação e só falavam no paralelepípedo. Araçatuba foi a 1ª cidade do interior do Estado a asfaltar as suas ruas. Isso ecoou por toda parte... Tendo vindo até aqui o prefeito de Presidente Prudente que se entusiasmou com o serviço e o Prefeito de Santa Cruz do Rio Pardo; logo após esse deu início desse serviço também, na sua cidade.
Bem, foi por achar mais bonita, mais cômoda, mais econômica essa pavimentação que preferimos aplicá-la nas ruas e praças da nossa cidade. O paralelepípedo que alguns apregoavam, teria que vir de Itu. Seria mais caro, antiquado, menos cômodo, e sujeito a depressões. Tanto estávamos com a razão que, após Araçatuba, todas as cidades do interior do Estado preferiram essa pavimentação, à de paralelepípedo. É com orgulho que dizemos: Araçatuba foi a precursora do asfalto no Estado de São Paulo. A nossa inauguração se deu em plena Praça Ruy Barbosa, lá pelas 10 horas da manhã, em frente ao Banco Comercial, com uma saudação do Dr. Clóvis de Arruda Campos, no dia 20 de Fevereiro de 1.939, que muito nos comoveu...



História de Araçatuba:
Célio pinheiro/Odette costa

CARLOS RISTER

CARLOS RISTER

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Luiz Mitidiero


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Luiz Mitidiero nasceu na Itália em 27 de março de 1885, na cidade de Latronico. Com 16 anos emigrou para o Brasil, aqui chegando a 4 de janeiro de 1901.

Foi trabalhar em minas gerais, em águas virtuosas (Lambari), e depois em diversas outras cidades daquele Estado, vindo a casar-se em Paraguaçu, no dia 15 de outubro de 1904, aos 19 anos de idade, com Filomena Seppini Mitidiero.
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Em julho de 1918 Luiz Mitidiero transferiu-se para Araçatuba, com toda sua família, na época já tinha uma prole de 7 filhos,  em Araçatuba nascerem 4, Romeu (25/09/1920), Salvador (25/01/1922), Danilo (23/01/1923) e Julita M. da Silva nascida em 05/04/1927, somando com esses uma prole de 11 filhos.
Luiz se estabeleceu com sua família na rua Gal. Osório, 207 e futuramente no dia 15 de agosto de 1923 no mesmo endereço, inaugurou em um modesto barracão a marcenaria e carpintaria Progresso. Futuramente no dia 09 de agosto de 1941 mudou-se para a Rua Hermilo Magalhães nº 235, onde ficou até encerrar suas atividades.
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Luiz Mitidieri faleceu em Araçaruba no dia 27 de agosto de 1965, aos 80 anos.

Luiz Mitidirero foi mais uma figura ilustre, pioneiro que confiou em Araçatuba, dedicando toda sua vida trabalhando para o desenvolvimento e progresso de nossa cidade.


Titulo de Eleitor tirado em 1918, no mesmo ano em que transferiu toda sua familia para Araçatuba, ele tinha 34 anos. (Obs: essa é uma segunda via tirada a alguns anos depois, provavelmente por ter perdido a primeira)

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O "Diário de Araçatuba" em 15 de agosto de 1957, faz uma pequena homenagem a esse ilustre personagem de nossa história

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O Jornal "A COMARCA", em uma edição especial do aniversario da cidade, em 64, também homenageia Luiz Mitidiero, e seus 41 anos de trabalho e labor com sua  Carpintaria e Marcenaria Progresso.
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BENEDITO RODRIGUES DO PRADO

BENEDITO RODRIGUES DO PRADO

A Família Rodrigues do Prado chegou a Araçatuba em 1916. Benedito Rodrigues do Prado se estabeleceu com comércio de secos e molhados. Em 1919 a casa PRADO já era referencia em diversidades de mercadorias e de bom preço.
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Devido ha divergências políticas, nossos historiadores escreveram quase nada dessa figura, que foi muito importante para nosso desenvolvimento, sempre presente e disposto a ajudar. Foi um dos fundadores da Associação Comercial e Industrial de Araçatuba que tanto ajudou a classe, também um dos fundadores da Santa Casa, e graças a ele, Araçatuba a partir de 1941 mesmo antes da construção do Aeroporto Roosevelt passou a ter pousos normais da Condor e da Panair e em 1945 a empresa Cruzeiro do Sul, com seus Douglas DC-3 já pousava regularmente em nossa cidade. Em 1946 nosso agente local Benedito Rodrigues do Prado, inaugura sua agencia.
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O lugar de pouso e decolagem que funcionou até 1.962 foi construído e inaugurado na gestão do prefeito Dr. José Coelho Júnior. Em 1.947, o Ministério da Aeronáutica construiu a casa do guarda-campo, anexa à estação (nome técnico de aeroporto para os profissionais), sendo nomeado José Cândido Ferreira Lobo (que era funcionário municipal e passou a federal). Suas funções eram as de registro de aviões, verificar constantemente a pista e, nos pousos noturnos, precisava balizar a pista com lampiões de querosene (conforme a distância de aterrissagem, tinham os vidros em cores azul ou vermelho). Nesse tempo, ainda não havia o balizamento elétrico. Esse balizamento noturno com lampiões de querosene era feito só para os pousos e decolagens das companhias aéreas Cruzeiro do Sul e Real Para os pousos não regulares, isto é, eventuais, a família de José C. F. Lobo é que acendia fogueiras; a finalidade era dar a direção da pista, prática muito arriscada. E o serviço do pessoal de terra era dirigido por Aquilino Prazias.

Célio pinheiro/Odette costa,
FABRICIANO JUNCAL - 1973